quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Testemunho da viagem ao NIKO

Boas!

A viagem de ida para a Base de Jocum em Maringá foi bem tranquila. Cheguei um dia antes para uma reunião e para rever alguns amigos também.

O NIKO foi maravilhoso, um tempo de escutar a vós de Deus mesmo, várias experiências inesquecíveis, aconselho todos a participarem deste acampamento, é um treinamento massa de trabalho em equipe. Se Deus quiser eu volto um dia para trabalhar no evento.

Mas meu testemunho é em relação à volta. Sabe aquelas idiotices que Deus permite que agente faça para mostrar Seu poder e a nossa dependência dele? Foi o que aconteceu.

Vieram duas amigas de Rio Brilhante-MS para o NIKO e elas pegariam o ônibus somente à noite. O pessoal da base ia numa pizzaria comer um rodízio antes do busão delas e me chamaram para ir junto. Como provavelmente eu vou ficar um tempo sem revê-los eu pedi para Deus se eu poderia ir junto... mas essa não foi a idiotice... A idiotice minha foi que além de eu ter que pegar estrada a noite de Biz100, o tempo estava fechando.

Fui orando desde a hora que sai da base (19hs) até a pizzaria, ai depois da pizzaria até aqui em casa. Foi a maior experiência que já tive com Deus.

Saindo de Maringá começou a chuviscar, orei a Deus e pedi para abençoar que não chovesse. Um pouco mais pra frente começou a chover fraco, então pensei: “o que temerei se meu Deus é quem faz chover”. Sabia que, como todos os outros momentos de minha vida, naquele momento Deus estava ali comigo, através do Espírito Santo que Jesus deixou quando venceu a morte por nós.

Beleza, logo parou de chuviscar, “que benção”, segui em frente com o objetivo de parar no primeiro pedágio para arrumar a bagagem que eu vacilei de colocar diferente e estava ruim. Fiz isso e como não estava chovendo não coloquei a calça da capa de chuva. Pelo caminho Deus mandava uns raios lindos, que clareavam toda vista, sempre mostrando Seu poder.

Chegando em Apucarana começou a chover forte e pensei de novo: “meu Deus é quem manda a chuva, o que eu temerei?”. Fui de boa até demais, mesmo com aquele pé d’água que mal dava enxergar alguns metros.

Aconteceu uma coisa estranha que somente na segunda vez eu percebi que era Deus guiando a moto. Entrando em uma curva a moto virava demais, ai eu percebi que eu não precisava guiar ela, pois Ele é quem dirigia. A partir disso a única coisa que eu fazia era acelerar e trocar as marchas, que algumas vezes eu errei, indo rápido de mais, e Ele me corrigiu diminuindo a velocidade da biz com rajadas de vendo. Loucura? Imagine como eu me sentia na hora então, hehehe. Mas loucura maior ainda estava por vir. Beleza, como Deus estava no controle eu fiquei muito tranqüilo, até demais.

Logo que entrei no perímetro de arapongas, em uma baixada que tem ali, haviam alguns pontos de alagamento. A noite e com chuva forte não da para ver quase nada, e para aumentar o grau de invisibilidade a viseira de meu capacete está BEM riscada, é ruim até para enxergar de dia.

Quando entrei no primeiro ponto de alagamento eu estava tão tranqüilo louvando a Deus que levei um susto tão grande que gritei. Havia uma enxurrada passando pela pista, a moto quase parou, com aquela água voando pra cima eu não enxergava mais nada, única coisa que fiz foi gritar o nome de Jesus, reduzi a marcha e acelerei.

Passando esse primeiro ponto eu já ergui a viseira, foi a única coisa que deu para fazer antes de entrar no segundo. A água era tão forte que me levou para a divisão da pista, quando vi estava passando encima daquelas tartarugas. Consegui passar tranqüilo por esse.

Fiquei com medo mas via que não era eu quem pilotava. Alguns metros a frente havia um alagamento maior ainda, de uns 300 metros pelo menos, que quando eu vi já estava dentro dele. Havia alguns carros enguiçados mais a frente, fiquei com medo da moto não agüentar atravessar também, principalmente quando a água chegou a altura do meu joelho. Tive que ficar em pé para conseguir enxergar alguma coisa à frente, enrolei o cabo do acelerador e clamei o nome de Jesus. Só por Deus mesmo para conseguir passar por aquele alagamento, não tenho outra explicação.

Quando atravessei eu comecei a gritar alto o nome de Jesus e dar socos no ar de alegria, foi muito loco mesmo...

Mais a frente um pouco havia uns dois pontos com enxurrada cruzando a pista, mas foi tranqüilo. Entrei louvando a Deus em vós alta no primeiro posto de combustível para esperar a tempestade passar, estava lotado já, ficou todo mundo olhando pra mim com aquela cara “Só por Deus mesmo” ou então “Que moleque loco”. Dei um tempo la, falei de Deus pra um tiuzinho e um rapaz que vieram conversar comigo, tomei um café e quando diminuiu um pouco a chuva e zarpei.

Saindo do posto estava com muito frio, minha calça estava ensopada e eu havia transpirado embaixo da jaqueta da capa de chuva, então orei e pedi que Deus me aquecesse e logo não sentia mais frio. Andei um pouco percebi então que não avistava nenhum carro a minha frente nem atrás de mim e senti medo... Contei isso pra Deus e pedi que me acalmasse, pois eu sabia que Ele estava comigo e que não havia motivo para temer.

Deus tranqüilizou muito meu coração e enviou outra moto e alguns carros que andavam na mesma velocidade que eu. A pesar de chover o tempo todo, o restante do caminho foi tranqüilo, vim louvando e adorando a Deus como já fazia desde o início...

Foi uma experiência tremenda na presença de Deus, usufruindo de Seu poder em minha dependência...

Antes eu já dizia, e agora eu afirmo com mais convicção, “Quer viver loucuras? Confia sua vida a Deus, você verá coisas sobrenaturais acontecerem!”

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